No começo muitos não conseguiam imaginar como as garrafas poderiam ser matéria-prima.
Mas, a ideia deu certo e hoje a comunidade inteira participa da coleta, de modo que encontrar embalagens plásticas na comunidade, atualmente, é como “procurar agulha no palheiro”.
As peças de destaque são as poltronas e pufes de garrafa PET. Quase todas as casas da favela já trocaram PETs por móveis. A proposta no início do projeto era de que as pessoas levassem de 75 a 250 garrafas até a cooperativa e as trocassem por um pufe ou poltrona nova.
Foram tantas as pessoas que se interessaram que os idealizadores tiveram que restringir a quantidade de pufes a um por família.
O projeto estipulou metas para quem quisesse trabalhar na cooperativa. No começo do projeto eram necessárias, no mínimo, 900 garrafas e facilmente a meta era batida, com o tempo, diminuiu para 750 a quantidade de garrafas necessárias para os trabalhos e ainda assim, a dificuldade em encontrar o material é grande. Dessa forma, os catadores tiveram que passar a buscar embalagens em outras comunidades.
Hoje os pufes são comercializados. Já foram vendidos mais de cem deles de uma só vez para uma loja de departamentos de Londres. A região recebeu retorno financeiro e ainda minimizou consideravelmente a quantidade de lixo produzido da área.
O material que para alguns é objeto de trabalho e fonte de renda, para outros ainda é lixo. O fato é que reaproveitar objetos é um exercício de criatividade que contribui para o bolso e para o meio ambiente. Milhares de peças que se descartam diariamente no lixo têm alguma serventia e não é preciso ser artista para ter esta percepção.
Fonte: Net Network - 20/05/11
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